As dunas no deserto do Namibe que bordejam o Atlântico são altas, muito altas, e oferecem miríades formas que ondulam com o vento e marés, num lento jogo de sombras e de luz, tenuamente colorido, quase transparente e etéreo, propício aos vários pontos de vista que sobre elas se registam, muitos deles envoltos em poesia, em deslumbramento ou em remotos imaginários que a interpretação de cada olhar redescobre.
Comum a todos, a beleza indescritível de uma costa quase virgem, a emoção de tentar chegar, antes da maré subir, a cumes feitos de areia que se deslocam incessantemente, como que crescendo em fuga pelo nosso estranho chegar a esse lugar sublime e intocável.
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