Aprendi nos muitos anos de pescaria: o tempo anda por ondas.
A gente tem é de ficar levezinho e sempre apanhar boleia numa dessas ondeações.
Mia Couto, in Mar me quer
30.1.10
UM SONHO PELO ROSTO
28.1.10
LEVEZINHO
26.1.10
O CÉU NA CHAMINÉ
Chaminé que construísse em minha casa, não seria para sair fumo, mas para entrar o céu.
Mia Couto, in Mar me quer
Mia Couto, in Mar me quer
18.1.10
OUTONO
15.1.10
POVO QUE LAVAS NO RIO
Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão.
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.
Mas a tua vida não.
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não.
Mas a tua vida não.
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo eu te pertenço
Tive a mesma condição.
Povo, povo eu te pertenço
Mas a tua vida não.
Pedro Homem de Mello, Povo que lavas no rio
Nota: Suspender a música de fundo (em My song, my soul, no fim da página,) quando activar o som do vídeo.
12.1.10
PERDI OS MEUS FANTÁSTICOS CASTELOS
Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma! Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
9.1.10
OS MENINOS DO HUAMBO
Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos de Huambo fazem alegriaConstroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia.
Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras.
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade.
Com os sorrisos mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Somam beijos com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar.
Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo mar
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Constelações que brilham sempre sem parar.
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade.
Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo.
Assim contentes à voltinha da fogueira
Juntam palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo.
Os Meninos de Humabo
Letra e música: Rui Monteiro
5.1.10
MELANCOLIA
Que estranha melancolia, esta que me invade...
Projecto no futuro o tempo passado
que vivi.
E não encontro na sensação presente,
o encanto do mundo que perdi.
Projecto no futuro o tempo passado
que vivi.
E não encontro na sensação presente,
o encanto do mundo que perdi.
4.1.10
SOU FELIZ SÓ POR PREGUIÇA
Sou feliz só por preguiça.
A infelicidade dá uma trabalheira pior que a doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção de alma que nem chegou a falecer.
Mia Couto, in Mar me quer
A infelicidade dá uma trabalheira pior que a doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção de alma que nem chegou a falecer.
Mia Couto, in Mar me quer
3.1.10
CÁ ESTOU CARENTE
TANTO MAR!
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente.
E ainda guardo, renitente
Um velho cravo para mim.
Já murcharam em tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente em algum
Canto de jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar.
Canta a primavera pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho
De alecrim!
CHICO BUARQUE, TANTO MAR!
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente.
E ainda guardo, renitente
Um velho cravo para mim.
Já murcharam em tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente em algum
Canto de jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar.
Canta a primavera pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho
De alecrim!
CHICO BUARQUE, TANTO MAR!
O SOM DO SILÊNCIO
Pessoas conversando sem estarem falando,
pessoas ouvindo sem estarem escutando...
Ninguém ousa perturbar o som do silêncio...
pessoas ouvindo sem estarem escutando...
Ninguém ousa perturbar o som do silêncio...
1.1.10
ABRIR CAMINHOS
Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...
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