Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão.
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.
Mas a tua vida não.
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não.
Mas a tua vida não.
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo eu te pertenço
Tive a mesma condição.
Povo, povo eu te pertenço
Mas a tua vida não.
Pedro Homem de Mello, Povo que lavas no rio
Nota: Suspender a música de fundo (em My song, my soul, no fim da página,) quando activar o som do vídeo.
2 comentários:
As vozes que deram (mais) côr a esse texto, fizeram-no de uma forma maravilhosa.
Amália Rodrigues, Dulce Pontes, Sofia Barbosa (caboverdiana).
Cada uma com o seu estilo mas tendo, como denominador comum, o amor pela música.
Povo que lavas no rio. Com imagens sugestivas.
Mi querida Madalena: Es un bello poema que no conocía. Intentaré oirlo en las voces de esas grandes cantantes portuguesas.
Mil besos y mil rosas.
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