Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…
Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!
Florbela Espanca, Vulcões
Fotos do ionline
2 comentários:
Mi querida Madalena: Los volcanes me impresionan por la fuerza y la destrucción que llevan implícitos.
Es un bello poema el que has elegido.
Mil beijos e mil rosas.
Muito bonito poema e imagens Madalena.
Pertinentes ao momento, terra em constante movimento. Por vezes nos esquecemos da magnitude de nosso planeta. Esquecemos até que ele é vivo!
Um abraço, Luís Cardoso
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