Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner Andersen, Em todos os jardins
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner Andersen, Em todos os jardins
2 comentários:
Excelente em todos os pontos de vista.
Eis que a visão imposta por estas fotografias são o universo sem fim; são polém em encanto e perfume; são o horizonte imaginario deste mundo impreciso.
Parabéns Madalena.
Obs. gostaria de enviar-te um e-mail, para apresentação de meus projetos literários : talvez possas orientar-me com tua experiência. Grato.
Sucesso e prosperidade convosco.
Marcelo Portuária.
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