7.4.12

UMA PÁSCOA DE AFECTO

O Amigo é Aquele que num difícil momento de angústia ou de dor insuperáveis, nada diz. Em silêncio, abraça-nos e deixa-nos ficar assim, somente com o conforto do afecto manifestado e o respeito abençoado do silêncio.


É aquele que, mesmo que não esteja perto fisicamente, sentimos dele o seu abraço no coração. Está lá, sempre.

Porque nesses precisos e exactos momentos de dor interior, por mais legítimos e bem intencionados que sejam os conselhos e as palavras que a tentam amenizar, não conseguem ultrapassar o muro intransponível daquela experiência individual sentida, que é sempre única, embora universal e, por vezes, aparentemente idêntica.

E o Amigo sabe e entende isso. Porque se identifica no mesmo sentir e sabe-nos sempre perto e disponíveis. Sabe que estando juntinho, cá dentro, não invade nem força essa esfera invisível, essa propriedade murada e privada do nosso Ser, do nosso Eu. Porque entende que, naquele preciso momento, nada poderá fazer e nada ajudará mais do que um abraço no silêncio.

Por isso, o Amor, onde inscrevo a Amizade, é indissociável dessa capacidade intuitiva da dar sem perguntar, de apoiar, sem dizer, de amar, sem cobrar. Simplesmente é e está sempre presente. Particularmente, nos momentos difíceis.

Aqui ou em qualquer lugar, sem tempo nem distância, o Amigo está e é, ele também.

Tenho o privilégio e a Bênção de ter familiares e amigos assim.

A todos eles e a todos vós, votos de uma Páscoa Abençoada, plena de Harmonia, Saúde, Paz e Alegria.

E muito, muito Amor. Uma Páscoa cheia de Abraços. De Conforto no Silêncio ou de Alegria nos Sorrisos e nas Palavras.
Mas carregada de Afecto, vivido e sentido.