Pontos de Vista: ORAÇÃO

2.9.12

ORAÇÃO

A Caminhada

À minha frente caminho inexiste
Atrás de mim caminho se faz
Oh, natureza
Oh, meu pai
Imenso pai que me fizeste ser eu próprio
Não tires de mim teus olhos e protege-me
Enche meu coração com teu vigor de pai

Para o fim desta longa caminhada
Para o fim desta longa caminhada
Para o fim desta longa caminhada
Para o fim

Poema A Caminhada, de Takamura Kôtarô
[Trad. do Japonês por António Nojiri, in Poesia Japonesa, págª 121]

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Nesta foto, os rodados paralelos vincados na areia revelam, do ponto de vista do meu registo fotográfico, a diluição das marcas num horizonte que os aproxima quase em vértice.

Um ponto de vista é, neste sentido, uma percepção, algo que é visto a partir de um ponto, de determinado modo e ângulo de visão e que não corresponde necessariamente à realidade em si mesma. Daí que o rodado paralelo deixe aparentemente de o ser, alterado pela distância e dando a ilusão de óptica de confluência num vértice diluído no horizonte.

Deste ponto de vista e sendo este individual e parcelar, é mote adequado a todas as leituras do real e do imaginário.

Venham daí então os pontos de vista de todos os pontos de vista. E gratifiquemos os novos horizontes que se revelam e se descobrem na partilha de sensibilidades, de emoções, de experiências, de olhares, de sentires e de saberes.

BEM VINDOS!

2.9.12

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