Hoje dei por mim a ter estranhas reacções (ou reações?) ao ler palavras já obedientes ao novo acordo ortográfico.
Há muito que se fala disto, se aceita, se contesta. E quem muito saiba da matéria, o que não é o meu caso.
Não sou, por natureza, fundamentalista e tenho procurado um equilíbrio entre as várias e diferentes teses e saberes. Nem sou perita em sintaxes e semânticas.
Mas, quando se sente uma impressão quase física e de difícil explicação, emocional até, porque determinada palavra em determinado contexto perdeu para nós a sua carga simbólica (para mim, as palavras são quase entes, seres vivos da alma), porque abandonou a sua raíz no meu percurso semiótico, tal como acontece quando leio ou cometo um erro ortográfico ou quando a linguagem deixa, em pensamento, de representar o meu mundo, as coisas mudam de figura, simbólica e literalmente falando.
O ACTO perde a força quando se transforma em ATO e fico mesmo atada em nós de estômago e de entendimento. Mais a mais quando os actos são de origem latina e estão na ordem do dia.
No fundo, terei de me habituar a representar mentalmente como um facto (com cê) que a força de um ato (sem cê) - que está sempre associada ao seu valor de verdade (verdadeiro ou falso) e por isso dependente da sua confrontação com a realidade - é contingente.
O resto é uma questão de saber dizer e mostrar. Com ou sem cê.
E uma questão de convicção. Com cê. :)
Ou de afeto. Sem cê. :(
Não consigo deixar de ficar afectada, por ora. :) E pouco consonante.
Mas irei ser obrigada a acordar, a partir de 1 de Janeiro de 2012!!! :(
Para a realidade.
Será?
Há muito que se fala disto, se aceita, se contesta. E quem muito saiba da matéria, o que não é o meu caso.
Não sou, por natureza, fundamentalista e tenho procurado um equilíbrio entre as várias e diferentes teses e saberes. Nem sou perita em sintaxes e semânticas.
Mas, quando se sente uma impressão quase física e de difícil explicação, emocional até, porque determinada palavra em determinado contexto perdeu para nós a sua carga simbólica (para mim, as palavras são quase entes, seres vivos da alma), porque abandonou a sua raíz no meu percurso semiótico, tal como acontece quando leio ou cometo um erro ortográfico ou quando a linguagem deixa, em pensamento, de representar o meu mundo, as coisas mudam de figura, simbólica e literalmente falando.
O ACTO perde a força quando se transforma em ATO e fico mesmo atada em nós de estômago e de entendimento. Mais a mais quando os actos são de origem latina e estão na ordem do dia.
No fundo, terei de me habituar a representar mentalmente como um facto (com cê) que a força de um ato (sem cê) - que está sempre associada ao seu valor de verdade (verdadeiro ou falso) e por isso dependente da sua confrontação com a realidade - é contingente.
O resto é uma questão de saber dizer e mostrar. Com ou sem cê.
E uma questão de convicção. Com cê. :)
Ou de afeto. Sem cê. :(
Não consigo deixar de ficar afectada, por ora. :) E pouco consonante.
Mas irei ser obrigada a acordar, a partir de 1 de Janeiro de 2012!!! :(
Para a realidade.
Será?
2 comentários:
Sublimes versos. Parabéns pela produção.
"factos"
Enviar um comentário