20.11.11

LÁ...ONDE AS "NHOCAS" NÃO MORDEM

Ironia das ironias, meu amigo, daquelas tristes, cheias de destino, de vida e de morte.
Partir de nós, daqui, na mesma data em que nasceu, confundindo e fundindo, assim, num só dia
as efemérides, as memórias e o tempo, os espaços e os afectos, as alegrias e as dores, o passado e o presente,
é picada bem mais dura que a das rotas partilhadas e bem mais dolorosa que o veneno das serpentes que tanto o fascinaram e preveniu quem teve o privilégio de o escutar e ler.
Sem palavras, ficam as trocadas e guardadas.
E o sol que se põe, junto e justo neste momento, bem por detrás da silhueta dos animais que tanto protegeu e cuidou e do horizonte dessa África que, onde nasceu, tanto amou.

Até um dia, meu amigo, algures, onde as "nhocas" não mordem.


(Por favor, antes de accionar o vídeo, suspenda a música de fundo, no final da página, clicando no sinal II (stop), para não haver sobreposição de sons. Obrigada.)






















Carlos Manuel Duarte de Almeida Magalhães
Namibe (ex-Moçâmedes), 20 de Novembro de 1947 - Coimbra (Arganil), 20 de Novembro de 2011

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá! Grande homenagem que fez ao meu primo. Alem. De tantas e boas qualidades, era um verdadeiro amante dos animais. Quero apenas ressalvar que é Duarte d' Almeida e não Duarte de Almeida. Obrigada, aí da há amigos verdadeiros :)