10.1.13

É quanto me basta



"A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.
(...)
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã. 
Mas gosto dela por ela ser uma pedra, 
Gosto dela porque ela não sente nada. 
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento
(...)
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido."









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